sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vela acesa


Quem diria que a escuridão viria e agora a única coisa que vejo em minha frente é essa chama. Estava perdida, mas não pedi ajuda pelo contrário, segui com meus passos firmes porém curtos e meus olhos que tentavam achar alguma direção. E assim ela apareceu, por muito tempo fiquei admirando toda aquela luz que me iluminava e esquentava tudo ao meu redor, inclusive a mim. Quando me dei conta já era tarde demais para se afastar, o fogo que me aquecia parecia vital. Me apaixonei por uma chama, um fogo que as vezes ainda sinto queimar dentro de mim, bem devagar. Por uma fogueira que dá tudo de si e no final tudo que resta são cinzas, por uma vela acesa que com uma simples brisa some, e tudo que resta é apenas aquela cera derretida fria e inútil. Não importa o quanto queime, eu alimentaria essa chama por mais que ardesse, o brilho desse fogo me atrai, me enfeitiça e de repente já nem sinto mais queimar, ou simplesmente tudo que eu quero, sem me importar, é queimar no seu fogo.