Há muito tempo atrás, quando o mundo não era mundo, nasceu uma pequena estrela para fazer companhia ao céu, que ficava sozinho na escuridão quando o sol já cansado ia repousar. Mas a estrelinha era tão pequena e fosca, que o céu mal conseguia enxergá-la. Aos poucos o céu foi ajudando a pequena estrela a entender o universo, ouvia seus medos, dividiam frustrações e logo dava uma solução junto com um sorriso mostrando que tudo ia ficar bem, que ele sempre estaria ali a protegendo. Com passar do tempo a estrela foi se tornando cada vez maior e com mais brilho, o céu se sentia feliz por ver que sua paciência e dedicação, havia dado uma recompensa que não tinha preço: o brilho de uma estrela. A estrela então, mais confiante contou a céu de como se sentia, de como ficava segura sabendo que por mais fosca e pequena que fosse, o seu céu não se importava, mesmo sem ao menos enxergá-la a protegia, sem esperar nada em troca. O céu sereno, respondeu que vivia assim, sem esperar nada em troca e desse jeito conquisto tudo queria: uma amiga que o deixa iluminado em cada noite que antes era tão vazia e tristonha. A estrela sem jeito disse que era grata por tudo, e mesmo se houvesse outro céu, sempre seria a sua estrela, seria a sua estrela mil vezes se fosse preciso, pois toda estrela precisa de um céu para brilhar e a pequena grande estrela teve a sorte de ter o céu mais bonito.
Dedicado a Anderson Dias Holtz, o céu que me fez estrela.